..."O Prazer de ler... vem de fora ou de dentro do indivíduo? "
qual é o espaço que a leitura ocupa na sua vida?
Rosaly Stefani
Um tecido fiz
de vida:
fios subindo,fios descendo.
Um tecido fiz
de vida:
fios
fios cortados.
Um bordado fiz
no tecido de vida:
linhas grossas, linhas finas, cores claras, cores minhas.
Uma vida fiz tecida,
bordada, quase rendada.
Relevos de altos e baixos,
formas de todo jeito,
que trago aqui no peito.
E agora, trabalho pronto,
até aquele ponto,que não tinha lugar,deu um jeito de se encaixar,
fez textura sem par.
A autora reflete:
"Tecer uma vida acredito ser tarefa de todos nós...
Tecer vida, tecer poesia, tecer-se gente. Burle Marx disse algo parecido: "Tentei ser poeta de minha própria vida". Fazer da própria vida uma poesia é coisa de artista é coisa de amante. O amor nos leva a isso, o criar também.
Nosso objeto de amor pode variar: para uns a paixão está na arte, para outros na natureza, ou no ser humano, ou na aventura de conhecer, ou no desafio de transformar...Enfim, as escolhas são muitas. cada qual sabe onde deixa o seu coração ou o que coloca nele.
Trabalho sofrido, doido, de fé. Trabalho de graça, de sonho, de prazer. De amor,de obrigação, de paixão ou vocação. Trabalho de paciência e muita persistência. De educadores e educadoras.Nós que vivemos isso todos os dias, sabemos bem das alegrias, tristezas , frustrações e conquistas desta lida.
Olhar para a paisagem deste bordado faz-me ver hoje um pedacinho da história da educação....coisas da minha geração.Uma geração que hoje está no meio, em fase de maturação, de final de carreira.
Pude comparar diferenças e semelhanças entre o que foi vivido por educadores que nos antecederam, pelos educadores da minha geração, e vejo os que estão chegando agora.
Situar-me neste momento de meio de gerações obrigou-me a olhar para o presente, sem abandonar a bagagem do passado, desejando acreditar com esperança no futuro.
"Tecer uma vida acredito ser tarefa de todos nós...
Tecer vida, tecer poesia, tecer-se gente. Burle Marx disse algo parecido: "Tentei ser poeta de minha própria vida". Fazer da própria vida uma poesia é coisa de artista é coisa de amante. O amor nos leva a isso, o criar também.
Nosso objeto de amor pode variar: para uns a paixão está na arte, para outros na natureza, ou no ser humano, ou na aventura de conhecer, ou no desafio de transformar...Enfim, as escolhas são muitas. cada qual sabe onde deixa o seu coração ou o que coloca nele.
Plantar, tecer, construir,criar...ações que metaforicamente lembram o educar.
Educar. Trabalho de escola. Trabalho de educador.
Educador e educadora: tecelões, artistas, construtores, jardineiros agricultores ou paisagistas. Não importa.
Trabalho sofrido, doido, de fé. Trabalho de graça, de sonho, de prazer. De amor,de obrigação, de paixão ou vocação. Trabalho de paciência e muita persistência. De educadores e educadoras.Nós que vivemos isso todos os dias, sabemos bem das alegrias, tristezas , frustrações e conquistas desta lida.
Olhar para a paisagem deste bordado faz-me ver hoje um pedacinho da história da educação....coisas da minha geração.Uma geração que hoje está no meio, em fase de maturação, de final de carreira.
Pude comparar diferenças e semelhanças entre o que foi vivido por educadores que nos antecederam, pelos educadores da minha geração, e vejo os que estão chegando agora.
Situar-me neste momento de meio de gerações obrigou-me a olhar para o presente, sem abandonar a bagagem do passado, desejando acreditar com esperança no futuro.
No dia a dia por onde andei, focalizei um projeto. Objetivo?
Nem mais nem menos: apenas o prazer de ler... Permitir essa paixão!
REFERÊNCIA:
STEFANI, Rosely. Leitura que Espaço é Esse? Uma conversa com educadores. 3. ed. São Paulo: Paulus, 1997. P. 7-8.
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