quinta-feira, 24 de julho de 2014

" Conviver também se aprende"


A convivência nem sempre é tarefa fácil. Um bom convívio não é aquele que une as pessoas perfeitas, mas aquele em que cada um aprende a conviver respeitando o outro e as suas diferenças. A convivência entre as pessoas sempre foi causa de grandes conflitos.  Pensando nisto, há muito séculos, o filósofo alemão Arthur Schopenhauer (1788-1860) escreveu a “Fábula  da Convivência”, que pode ser aplicada à convivência social e na escola.


"A Fábula da Convivência"



Durante uma era glacial, quando o globo terrestre esteve coberto por grossas camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram, por não se adaptarem ao clima gelado.

Foi então que uma grande manada de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começou a se unir, a juntar-se um pertinho do outro. Assim, um podia aquecer o que estivesse mais próximo. E todos juntos, bem unidos, aqueciam-se, enfrentando por mais tempo aquele inverno rigoroso.


Porém, os espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhes forneciam mais calor, calor vital, questão de vida ou morte. Na dor das
“espinhadas”, afastaram-se, feridos, magoados, sofridos.

Dispersaram-se por não suportar os espinhos dos seus semelhantes. Doíam muito. Mas essa não foi a melhor solução: afastados, separados, logo começaram a morrer congelados. Os que não morreram, voltaram a se aproximar, pouco a pouco, com jeito, com precaução, de tal forma que, unidos, cada qual conservava uma certa distância do outro, mínima, mas suficiente para conviver sem ferir, para sobreviver sem magoar, sem causar danos recíprocos. Assim, aprendendo a amar, resistiram ao gelo. Sobreviveram.

O melhor  relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele que cada um aprende a conviver com os defeitos do outro, e a admirar suas qualidades"


(Fonte Portal Paulinas)



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